Radicalismo X Equilíbrio
- Gabrielle Santini
- 13 de mar. de 2017
- 2 min de leitura

Desde que entrei na faculdade, um assunto que sempre foi muito presente na mídia foi o radicalismo na alimentação, e isso ficou cada vez mais presente na era do "Instagram fit". A quantidade de estudos feitos relacionando o consumo de certos alimentos com a saúde (e a doença) e o interesse desse conhecimento por grande parte das pessoas tem aumentado a cada ano, ainda bem. Porém, muito é discutido sobre a verdadeira necessidade de termos como foco uma alimentação regrada e restritiva, onde muitas vezes achamos que a denominação "sem glúten" e/ou "sem lactose" (que trouxeram um "burburinho" parecido ao que aconteceu com os produtos "light" e diet") são sinônimos de alimento saudável! A verdade é que na nutrição, não existe receita única, fórmula mágica ou regra que vá fazer efeito para todas as pessoas. Ainda pecamos pelo excesso, pecamos pela falta de, mas sempre levaremos em conta que o indivíduo é único e cada caso é um caso. Termos cada vez mais opções de produtos para pessoas que possuem alguma restrição alimentar diagnosticada é um avanço muito benéfico, mas procure não entrar em dietas da moda, não se iluda com as palavrinhas mágicas escritas nos rótulos, vá atrás de conhecimento, de equilíbrio, de querer definir para si o que é ser saudável, sem necessariamente passar por algum tipo de sofrimento! Para isso existem nutricionistas, que são profissionais capazes de, além da elaboração de um plano alimentar, discutir com o paciente a melhor conduta de acordo com os objetivos individuais naquele momento, pois Nutrição não é MODA! Como nutricionista, sou capaz de dizer que sou contra o radicalismo alimentar e a restrição alimentar sem MOTIVO comprovado por um profissional da saúde. Sou a favor da reeducação alimentar, com enfoque em alimentação natural, cultural e acessível com desvalorização de alimentos industrializados!
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